Bolsonaro Ironiza Acusação de Golpe: “Golpe Agora Não Se Dá Com Tanque, Se Dá Com Táxi”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu novamente, neste sábado (23), as acusações de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado em 2022. Em tom irônico, Bolsonaro classificou as alegações como “uma piada” e criticou a atuação da Polícia Federal (PF) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Alguém já viu golpe com um general e quatro oficiais da reserva? Pelo amor de Deus.”
A declaração foi feita enquanto Bolsonaro cortava o cabelo em uma barbearia em São Miguel dos Milagres, Alagoas. O ex-ministro Gilson Machado (PL) transmitiu a fala ao vivo nas redes sociais.
Bolsonaro questionou a viabilidade das acusações, apontando a falta de apoio militar que, segundo ele, seria indispensável em um golpe real.
“Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas? Não fiquem botando chifre em cabeça de cavalo.”
O ex-presidente também criticou as prisões preventivas de oficiais indiciados, alegando que não há respaldo legal para essas detenções:
“Olha essas pessoas que estão sendo presas agora de forma preventiva. Não se encontra um só respaldo na lei que faça sentido em prender esses quatro oficiais.”
“Golpe Com Táxi?”
Bolsonaro ironizou a narrativa de que a suposta trama teria fracassado devido à falta de um táxi para um oficial executar a operação:
“Golpe agora não se dá mais com tanque; se dá com táxi. Parece que o sequestro não saiu porque não tinha táxi na hora.”
Críticas à PF e Alexandre de Moraes
Bolsonaro aproveitou para criticar a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes, chamando a investigação de “criativa”:
“É uma piada essa PF criativa do Alexandre de Moraes.”
Contexto
O inquérito conduzido pela Polícia Federal aponta que Bolsonaro e outros 36 indiciados, incluindo oficiais militares da reserva, teriam planejado ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre as alegações estão planos de sequestros de autoridades e articulações para abolição do Estado Democrático de Direito.