PF combate desvio de verbas da saúde

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Belford Roxo voltou a ser destaque negativo na última quarta-feira (25), com a deflagração da Operação Tratamento Fake, conduzida pela Polícia Federal (PF) para investigar uma organização criminosa que desviava verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) através de clínicas médicas. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 20 milhões, segundo estimativas das autoridades.

 

A ação incluiu o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, entre elas Belford Roxo, onde o esquema teria raízes profundas. Proprietários de clínicas, ex-servidores do município e outros envolvidos estão na mira das investigações, que foram autorizadas pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti. Além de Belford Roxo, outras localidades da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana do Rio de Janeiro foram alvo da operação, como Mesquita, Nilópolis, Seropédica e Niterói.

O esquema em Belford Roxo

 

Auditorias realizadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) revelaram que várias clínicas contratadas para prestar serviços ao município, por meio de chamamento público, estavam envolvidas em fraudes. O esquema consistia em forjar informações e documentos falsos para registrar tratamentos de fisioterapia e exames de imagem que nunca foram realizados. Além disso, eram feitos pedidos médicos duplicados para inflar os números e justificar repasses indevidos.

Investigação em curso

De acordo com a PF, a operação busca reunir mais provas para ampliar o levantamento dos valores desviados e apurar o possível envolvimento de outros servidores públicos de Belford Roxo. A cooperação entre diferentes órgãos foi essencial para desvendar o esquema, que prejudicou diretamente o atendimento à população e desviou recursos que deveriam ser usados para melhorar a saúde no município.

Punições previstas

Os envolvidos poderão responder por crimes como organização criminosa e furto qualificado mediante fraude, realizados através de dispositivos eletrônicos. Somadas, as penas podem chegar a 11 anos de prisão.

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